Hora de dormir, fim do dia, início da eternidade,
choro sem sono em pleno desespero.
O relógio com seus números em fonte digital mudam
lentamente fazendo exacerbar minha angústia.
Encorajo-me a fazer coisas que não quero fazer.
Com a perseguição de tudo isso mergulho no travesseiro
lembrando sadicamente das derrotas e tristezas,
as quais mereci simplesmente por ter nascido.
Saudade do que sempre quis e nunca tive,
querendo alcançar um fim que nunca chega.
Me desligo por alguns segundos sonhando pelo que anseio,
mas sou humilhantemente interrompido pela razão de ser o que sou,
um homem de mau êxito.
Até que a manhã chegue, sofro o desgaste da perturbação.
O mundo é injusto e ninguém me vê, sinto-me falho num buraco
cheio de mãos ao redor sem que nenhuma esteja ali pra me suscitar.
Após anos, a manhã está de volta, e saio da minha masmorra
sabendo que hoje à noite devo retornar.
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