terça-feira, 28 de julho de 2009

Letra da angústia.

Hora de dormir, fim do dia, início da eternidade,
choro sem sono em pleno desespero.

O relógio com seus números em fonte digital mudam
lentamente fazendo exacerbar minha angústia.

Encorajo-me a fazer coisas que não quero fazer.
Com a perseguição de tudo isso mergulho no travesseiro
lembrando sadicamente das derrotas e tristezas,
as quais mereci simplesmente por ter nascido.

Saudade do que sempre quis e nunca tive,
querendo alcançar um fim que nunca chega.

Me desligo por alguns segundos sonhando pelo que anseio,
mas sou humilhantemente interrompido pela razão de ser o que sou,
um homem de mau êxito.

Até que a manhã chegue, sofro o desgaste da perturbação.

O mundo é injusto e ninguém me vê, sinto-me falho num buraco
cheio de mãos ao redor sem que nenhuma esteja ali pra me suscitar.

Após anos, a manhã está de volta, e saio da minha masmorra
sabendo que hoje à noite devo retornar.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

A mixirica assassina

Segunda-feira cheguei em casa c/ muita fome, minha mãe ainda iria demorar alguns minutos para colocar o almoço na mesa, aí resolvi comer uma mixirica (ou bergamota p/ os afrescalhados) p/ ir intertendo (ou entreter p/ os afrescalhados).

Bom, descasquei a bicha, mandei o primeiro suculento gomo na boca e logo de cara engasguei fudido! O Excesso de caldo no gomo foi direto p/ o meu pulmão, eu tossi como uma vaca louca, achei q ia morrer, quase vomito de tanto tossir.

Blz, passado o suto, meus olhos estavam vermelhos como pimenta malagueta, as veias da minha testa e pescoço pareciam mangueiras de jardim, eu estava roxo.

Sentei e fui melhorando e tossindo de leve, sempre q tossia saia um "caldinho" e assim foi a tarde toda com uma irritação lá na "entradinha" do pulmão.

Qdo foi a noite fui correr no parque areião, meu, o lugar aonde o caldo da mixirica passou errado, estava ardendo pra caramba e como o tempo aqui está muito seco, a coisa foi ficando feia, eu respirava e ardia como se estivesse respirando spray de pimenta.

Terminando a corrida voltei pra casa respirando difícil, o negócio ardia... Cheguei em casa, fiz um achocolatado quente e boa, fui assistir TV. O treco não melhorava, eu tossia toda hora e assim foi até eu cair no sono.

Acordei na terça fritando em febre, um puta mal estar, fui p/ o trabalho e fiquei o dia todo passando mal, morrendo de frio, o sol lá fora fazia 35 graus e eu vestido com um agasalho.

Voltei a noite pra casa e a febre comendo na alta. Tomei um remedinho e a febre baixou e pude então dormir debaixo de 2 cobertores. Qdo foi de madrugada, acordei sentindo um frio sibérico! Catei mais um cobertor e fiquei tremendo lá debaixo (lembrando que aqui em Goiânia não costumo nem usar cobertor p/ dormir). Nessa hora eu pensei: Fudeu! Tô com gripe suína, aquela porcaria de mixirica me causou a gripe do porco. Nunca fiquei tanto tempo com febre. Se eu não amanhecer bem, vou ao Pronto Socorro.

No outro dia acordei suando, era um bom sinal. Levantei, me livrei da calça de moletom e fui tomar banho. Estava me sentindo melhor, mas ainda sentia um ardor nas costas típico de quando estamos com febre. Só p/ garantir fui de casaco p/ o trabalho, mas logo tive que tirar. Daí em diante fui só melhorando.

Agora estou com uma puta coriza, não sei de onde vem tanto catarro ralo, as vias respiratórias estão ardendo pra caramba e uma tosse chata persiste, mas já me sinto bem o suficiente p/ tomar uma cervejada logo mais a noite.

Eu conto e ninguém acredita, mas essa semana, uma mexirica quase me matou. Se fosse um bacon, nada disso teria acontecido. Malditas frutas!